A ciência tem como maior objetivo a descoberta, e, muitas vezes achar pequenos momentos pode ser o início de uma jornada. Revelando um fóssil que preservou o exato momento em que uma espécie de formiga extinta caça sua presa, cientistas franceses, norte-americanos e chineses começam a desvendar comportamentos de uma espécie que viveu há 99 milhões de anos, no período Cretáceo. O âmbar preservou um individuo da espécie Ceratomyrmex ellenbergeri, pertencente à extinta subfamília Haidomyrmecinae, conhecida como “formiga infernal”, caçando uma ninfa de Caputoraptor elegans , conhecido exclusivamente no âmbar birmanês do Cretáceo, da extinta ordem dos dictópteros † Alienoptera († Alienopteridae) [37., 38.]. A forma como ela aparenta estar devorando sua vítima,dá pistas de sua evolução. Usando suas mandíbulas em forma de foice, num movimento vertical, a formiga prende as presas contra seus apêndices em forma de chifre, .
A observação deste raro momento fossilizado do ataque de uma “formiga infernal” leva a conclusões. De como, por exemplo, estes insetos se adaptaram ao passar do tempo para capturar uma grande variedade de presas e sobreviver. Adaptar-se ao meio ambiente, a temperatura, a escassez de alimentos e outras adversidades reforça a teoria de Charles Darwin da ‘Evolução das Espécies’. Assim o principal autor do estudo acredita estar confirmando suas hipótese sobre a “formiga infernal” .
– Esse fóssil confirma nossa hipótese que as peças bucais da “formiga infernal” moviam-se para cima e para baixo em uma direção diferente da de todas as formigas vivas e quase todos os insetos. Essa adaptação as ajudou a sobreviver – descreve Phillip Barden, professor do Instituto de Tecnologia de Nova Jersey, nos Estados Unidos.
A teoria do Professor Barden é reforçada devido a diversidade de peças bucais e anatômicas observados nas 16 espécies da “formiga infernal” identificadas até o momento.
– As adaptações para a captura de presas provavelmente explicam a rica diversidade de mandíbulas e chifres. Enquanto algumas delas usavam os chifres alongados para prender as presas, outras usavam para “furá-las” – explica Phillip Barden junto com sua equipe em artigo publicado no periódico Current Biology.
Tais descobertas que levam a vários tipos de conclusões, para alguns pode parecer um simples estudo sem valor prático. Porém acabam por nos oferecer instrumentos para conhecer a evolução da biologia de uma espécie, como foi o caso da “formiga infernal”. E quem sabe adaptações para a sobrevivência da própria raça humana.
– À medida que nosso planeta sofre seu sexto evento de extinção em massa, é importante que trabalhemos para entender a diversidade extinta. Sendo assim isto pode permitir que certas linhagens persistam, enquanto outras desistem. Estas integrações anatômicas são uma poderosa força de modelagem na biologia evolutiva, pois, quando as partes de um ser vivo funcionam juntas pela primeira vez, duas características evoluem em conjunto – ratificou Phillip Barden, professor do Instituto de Tecnologia de Nova Jersey, nos Estados Unidos.
Apesar de toda adaptação da “formiga infernal” elas sucumbiram a um evento já bastante conhecido. De acordo com os pesquisadores, ao estudar o fóssil do âmbar, recuperado em Myanmar, na Ásia, conclui-se que ela tenha desaparecido devido a mudanças ecológicas ocorridas há 65 milhões de anos. No momento em que ocorreu o período de extinção em massa que dizimou os dinossauros.
This post was last modified on 7 de agosto de 2020 09:07
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